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sexta-feira, dezembro 19, 2003

Cada momento ou acontecimento em que desejava que ela estivesse comigo, também ...
Cada dia tenho mais certeza disso ...
Tem uma música do Frejat, que diz algo assim:

“Procura um amor que seja bom pra mim,
Diferente de todos que amei ...”

Eu não procuro mais. Achei a uns quatro meses atrás, quando decidi ir pra casa por um caminho mais longo, ao invés de pegar um atalho por um beco ...

Na visita a família hoje, tive um encontro com uma ex-namorada.

Como algumas pessoas não mudam, outras sim.

Engraçado como um sentimento que um dia existiu, some por completo ....

Hoje faleceu o pai de uma amiga. Um amigo.

Entre todos os sentimentos e pensamentos, alguns que inclusive me deixaram preocupado e de certa forma decepcionado comigo mesmo, um deles se destacou; o esquecimento.

Não o esquecimento de alguém, mas de um fato, de uma ocasião.

Por duas vezes, membros da família mencionaram uma ocasião em que eu de certa forma socorri o então falecido e o levei a uma clínica, junto com a filha (minha amiga) e a esposa.

Num primeiro momento, não me recordei de tal ocorrido. Só depois de um tempo, foi que me veio a lembrança.

Fiquei bem preocupado, por não lembrar.

Mas depois, no caminho pra casa, pensando a respeito, cheguei a seguinte conclusão: quando se faz uma coisa, um bem, de forma despretenciosa, sem querer nada em troca, pelo simples fato de só estar ajudando alguém, um amigo ou amiga, como sendo uma coisa corriqueira, simples, no melhor estilo acão-reação, por parecer tão trivial e comum, é que podemos esquecer.

Mas com certeza, a pessoa que ajudamos lembrará sempre ...

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Morro de São Paulo ...

Vou morrer de alegria ... (logo, logo!)
Aproveito ainda pra agradecer novamente a ajuda e apoio dos amigos, e o amor da minha amada.

Vocês me dão muita força!
Morro de São Paulo ...

Morro de desejos ...

terça-feira, dezembro 16, 2003

A noite passada foi, no mínimo, interessante.

Voltando da vila para a pousada, caminhando pela praia, quando vi a lua. Bela, semi-coberta pela noite, como pequeno um lençol. Com a parte mais baixa na sua forma redonda, e a de cima coberta de forma ondulada, parecia um olho a apreciar a terra. Estava extremamente brilhante, como se estivesse toda cheia, deixando no mar o seu reflexo prateado. Linda.

A maré baixa, deixava uma longa faixa de areia compacta, boa para caminhar e para desenhar. Com a ponta do guarda-chuva que me fazia companhia (quando sai da pousada para a vila estava chovendo), fui rabiscando a areia. Uma serpente, um simbolo qualquer, uma palavra, duas, um nome, outro, e rapidamente ao longo da praia é escrita uma declaração ... uma singela declaração, deixada ali, para a lua abençoar e para o mar apagar.

Finalmente chego a pousada. Na caminhada da porteira até o quarto, pelo gramado, os vagalumes agora se juntam a lua para iluminar o caminho. Um, dois, três, vários deles, cortando o seu pequeno céu a minha frente, em diversas direções.

No quarto, pouca vontade de dormir.

Pensamento e coração longe, junto de alguém ...

Sem sono, decido então ir a praia. À noite? É ... bater papo com a lua, com o mar e fazer uma coisa que a muito tempo não fazia: deitar no chão e ficar vendo as estrelas.

Fazia muito isso. Ia até a pequena quadra, no fim da rua onde cresci, e me deitava bem no centro dela, pra ficar pensando na vida, vendo as estrelas e conversando com elas. Sempre me fazia companhia a Xuxa, minha cadela vira-lata, que se deitava ao meu lado e eu ficava fazendo carinho. Muitas vezes ela entrava na conversa também.

Assim, pego um toalha e vou para a praia. Caminho um pouco, para me afastar das poucas luzes da pousada. Estendo a toalha na areia, naquela mesma faixa que surge na maré baixa, e assim me deito.

Engraçado ... são as mesmas formações de estrelas que via anos atrás, mas com uma grande diferença. Como não tem a claridade da cidade, muito mais estrelas aparecem.

E assim fico estendido na areia, tomando banho de lua, ouvindo o barulho do mar ( nas marolas que vem beijar a praia e nas ondas que longe quebram nas pedras da Ilha do Caitá) e do vento (balançando as palhas dos coqueiros), procurando formas divertidas nas estrelas e contando estrelas cadentes. De vez em quando dá pra ouvir um passarinho que parece acordar espantado com alguma coisa, e sai voando, reclamando por ter sido acordado.

Depois da quinta estrela cadente resolvo sentar pra conversar com o mar. Fico um tempo ali, vendo a sua calma nas marolas que calmamente chegam a praia, e sua força, nas ondas que arrebentam nas pedras.

De repente um susto!

Ouço um barulho do meu lado e me viro pra ver; uma cadela, grande, preta com algumas manchas brancas se assusta com a minha virada ... os dois se assustaram!

Depois de uma rápida introdução, ela se senta ao meu lado. E fica ali, junto comigo, olhando pro nada, pro horizonte, pra imensidão do mar, com os pensamentos vagando longe. Rapidamente ela entra na conversa, e junto com o mar, a lua e as estrelas, fica ouvindo as minhas questões, as minhas angustias, os meus sonhos, os meus objetivos, os meus desejos, o meu amor ...

São ótimos conselheiros. Ouvem com a toda a paciência, e ajudam a refletir.

Mais uma estrela cadente. A sexta. Acho que já é hora de ir dormir. Cada estrela parece ser o marco, o evento em que mudo de assunto. Deixo de falar de mim mesmo, pra falar dos amigos; dos amigos, para falar da família; da família, pra falar do meu amor; do amor volto a falar de mim mesmo; depois perco a sequência, misturo assuntos ... Mas para cada cadente, sempre o mesmo pedido.

Levanto então e vou até o mar, mas fico parado, antes de molhar os pés, perto de onde as marolas terminan sua jornada. Engraçado como parece que as próximas tentam se esticar um pouco mais pra chegar até o meu pé. Entro no mar, mas não vou muito além dos tornozelos. Hoje o banho é de lua!

Volto para onde está a toalha, ainda estendida na areia, e onde está deitada a cachorra, que fica me observando. Desde que deitou ao meu lado, só levanou a cabeça quando fui pro mar, talvez curiosa pra ver o que eu ia fazer. Agora que estou voltando, fica me olhando, esperando o que vou fazer depois. Me despeço, faço um cafuné; ela balança o rabo, como agradecendo e se despedindo, e deita novamente, olhando para o mar. Sigo meu caminho pela praia, de volta pra pousada.

Antes de entrar, ainda dou uma olhada na direção de onde estava, e ela ainda está lá ... ela, o mar, a lua e as estrelas continuam a conversar ...

E assim me deito, não sem antes pensar novamente na minha amada, e desejar mais uma vez que ela estivesse ao meu lado ...
Morro de São Paulo ...

Morro de paixão ...
Fim de ano agitado: só tenho feito viajar ... e sabado que vem vai ser on the road, going back to my babe!
Morro de São Paulo ....

Morro de lembranças ....
As provas já foram ....

agora só falta o resultado!
Morro de São Paulo ....

Morro de saudades ....

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