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segunda-feira, maio 05, 2003

Não reescrevi o livro. Escrevi outra versão, que não revisei, claro ... agora deixa eu ir comer uma pizza e ficar pensando na vida ...
E eu tava tomando banho de chuva ontem ... muita chuva.

Tava precisando. Sabado a noite, depois de passar a tarde tomando uma com amigos e a pequena (e gorda) Pitucha, chego em casa pra um banho e descanso.

Que nada. Depois do banho, minha Vó fica me questionando por que eu não vou comer pastel com eles, já que eu quase nunca saio com a familia. Pensei em responder, dizendo que quase toda vez que saio com determinados amigos estou saindo com a família. Mas prefiro me vestir e ir comer pastel.

Quando estamos saindo, ficamos apreciando a tempestade de raios nas núvens. Chegando em casa, meu pai chega até a ir no meio da rua pra ver.

Telefones tocando, contatos feitos, noite programada. Lá vou eu sair com amigos novamente. Ou melhor, com parentes.

A chuva tinha dado uma diminuida, mas a rua que estava cheia d´água devia ser um sinal. Ou foi.

Fashion Club, cervejas, mulher bonita, dança. No final, um sanduba, pra variar e pra rebater.

Chega-se em casa, as 4:00, toda acesa. Minha mãe sentada numa cadeira de plástico no meio da sala. Sofá apoiado em cadeiras. Móvel da tv apoiado sobre panelas. Tapetes enrolados em todas mesas.

Depois que saí de casa, a chuva piorou. A rua encheu ainda mais. Na casa toda, 5 cm de água. Fico imaginando a correria de meus pais e minha avó pra colocar as coisas pra cima, entre elas o meu computador, motivo principal para a minha ida a Salvador nesse final de semana, e que estava no chão do meu quarto.

E depois que se para pra pensar que enquanto isso tudo acontecia eu estava dançando, tomando cerveja e paquerando numa boate?

Ajuda o fato de que eu moro naquela rua a 26 anos, conheço tudo que acontece em cada situação, e saí de casa com a água já quase subindo o passeio e continuando a chover?

Sei não ...

Deito as 6:30 da matina, depois de colocar o resto da água pra fora e limpar um pouco a casa.

Acordo ao 12:00, já pensando no que fazer. O que limpar primeiro, o que arrumar, o que por pra secar e o que e como jogar fora, já que muita coisa não deu pra salvar. Alguns computadores faltando peças, impressora, telefone com secretária ...

Começo a limpar o chão da sala. Pelo menos dá pra arrumar essa área, baixar o sofá pra minha mãe sentar e descansar. Meu quarto e antigo escritório ( o mais inundado), claro, vão ficar por último.

É nessa hora, quando estou terminando de limpar o chão da sala, que lembro de ligar o celular. Priemira ligação: Leo me convidadno pra comer. Sorry, but no, thanks.

Pouco tempo depois toca novamente. Vou atender aos berros, esbravejando, pedindo pra ele me deixar em paz. É a Secretária de Educação da Prefeitura Municipal de Cairu. " Você está no Morro? Está sabendo o que aconteceu lá??"

O caos. As notícias não são muiro precisas. Ligo pra algumas pessoas de Morro. Mais noticias imprecisas e não muito boas.

Sem outra opção, consigo carona no vôo das 15:30. Arrumar a mochila correndo e encara a ida ao aeroporto.

Como nesses momentos parece que vc está dentro de um filme hollywoodiano, não dá pra ir pela Paralela. Moradores locais fazem barricadas com pneus queimando e fecham a via. Engarrafamento na Orla. Pelo menos consigo chegar no hangar da copanhia as 15:15.

O vôo?? Digamos que decolamos, subimos e entramos nas núvens. Depois de balançar um bocado, calmaria. Percebo por que, quando de repente clareiam as coisas. Razante sobre o mar.

Ao desembarcar em Morro, encontro um local. Impressionantemente, não tá sabendo de nada, só que a estrada está ruim. Me deseja boa sorte. Eu também. Idescritível a cara que ele faz quando houve isso.

Chegar na Vila, todo ensopado, passando por ruas que viraram rios com a chuva que ainda teimava em cair foi fácil. Até chegar em casa, umas 4:00hrs depois de chegar em Morro, atravessando um córrego com água no meio da batata, sendo que em dias normais, vc para ele com a sola de uma havaiana também foi tranquilo.

Chato foi ver o estado que tudo ficou depois da enxurrada de sabado a noite e como estava piorando com a enxurrada que estava acontecendo. Muro caido. Minha sala aparentemente inundada. Pousadas com quartos inundados.

E ainda tinha maluco pegando onda no mar.

Mas é isso aí. Hoje a chuva deu uma trégua. Deu pra ter uma idéia do prejuízo e do trabalho a fazer. Amanhã vai dar pra ter mais idéia ainda, pois não deu pra visitar tudo.

E ainda tenho que ir a Salvador terminar de consertar o computador, pra poder trabalhar.
... depois de ficar meia hora escrevendo, não publico ... tá com paciência pra escrever o livro todo de novo???

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